sexta-feira, 23 de julho de 2010

Por ontem, foi isto.


Todos os meus conceitos estarão errados, até que eu os vivencie. Até que eu prove o quão é doce ou amargo, um conceito, errado ou certo.
E, certo e errado neste caso tem sentidos diferentes do certo e errado que utilizo. O certo pode ser o certo ou não. O errado pode vir a ser o certo ou não. Só terei certeza disto quando tentar, quando arriscar, se a vida fosse apenas conceitos, ela seria apenas riscos, eu sei não existe só riscos, assim como não existe só cravos.
O perigo é no máximo uma rosa. Sei que tem espinhos e provavelmente vou sangrar, e isto se olhado por um lado diferente, como por exemplo este: Conhecerei a cor do meu sangue, o verei, sentirei seu calor, percorrendo minha pela (...) não é tão ruim.
O sangue é perigoso para quem não o possui, ou nunca sentiu possuir.
Os contos de fadas a muito tempo deixaram de ser coisas para crianças, vejo crianças de 3 anos jogando jogos de guerra. O fascínio pelas pipas, pelos carrinhos, parecem ter se perdido em algum conto, fechado em algum livro e está empoeirado, impedindo que sejam vistos. E não posso fazer nada, afinal ele está matando o desgraçado que o sangrou, no meu tempo eu me via sangrar, doía ardia, e tudo era pelo fato de ser criança, e não de estar matando ninguém, criança de 3 anos, gerações iguais, decádas diferentes, continuamos sendo, apenas crianças, apenas, criança.
E talvez o sangrar dele seja para aniquilar um inimigo no meu era para chutar a bola, melhor dizendo, o calçamento da rua. Mas tudo é sangrar, tudo é sério. Não vivia com jogos de armas aos 3 anos, só os conheci aos 14 (...) E eu me pergunto aonde fica o certo, o errado, o conto de fadas, onde ficou a infância, onde ficou ?


Se sangro é porque sinto, e se sinto não é a toa.
Eu aprendi com isso, me deixou mais minha e tudo parecia não imporar, foi só eu sentir tua ausência que meu mundo sangrou, e presenciou a vida,
na sua ausência


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