sábado, 12 de novembro de 2011

royalties todos querem, corrupção todos aceitam


Capixabas em ato pelo dinheiro dos royalties (Foto: Juirana Nobres / G1)

Marcha dos royalties ...

Mais uma marcha.

Mas que coisa sem fundamentos essa, né.

A população ACHA-SE no direito de protestar contra tal divisão, mas a população não manifesta-se e nem vai ás ruas na marcha contra corrupção.

Sou capixaba, e vi algumas reportagens em telejornais e jornais. Quando vi e li tais matérias, percebi como o povo brasileiro vende-se fácil, fácil demais.

Essa manifestação/marcha, foi mais política do que social.

Políticos que lucrarão com a NÃO DIVISÃO desse recurso ... "convidaram a população, fizeram dia como ponto facutativo, alugou-se ônibus, para levar a população deram almoço e tudo mais" , para a população manifestar.

Estavam lá marchando, nem sabendo para quê. E que fins levaria aquele dinheiro. Mas sabiam que era dinheiro. Mas não sabiam nem pra que investimento ele teria. Mas que gente, é essa. Que se vende sem nenhum ideal? Sem saber para que está ali. Por um dia de folga. Por um show.

E mais uma vez, afirmaram que nem escolher sabem. Incentivados por meia dúzia (modo de falar) de políticos que dizem fazer e querer o bem para sociedade, foram lá.

Na marcha contra corrupção que teve em Vitória, pouquíssimas pessoas compareceram. Político algum deu as caras para apoiar (ao menos que saiba).

Agora eu quero ver se essa população vai ir ás ruas, para protestar a forma que esse royalties será usada.

Creio que o título desta reportagem, traduz bem o que quero dizer nessa postagem




Estudante aceita a repartição dos recursos dos
roylaties (Foto: Juirana Nobres / G1)



Enfim, alguém sensato nessa marcha

Panis Et Circensis

imagens G1



Sim, sou contra a divisão dos ROYALTIES. Acredito que a deve-se ir ás ruas, por a cara da tapa, sabendo que fins terá isso, com um objetivo, com um ideal, e não por um APELO POLÍTICO.

não compreendemos

"Aprendemos que Deus nos criou a sua imagem, mas nao sao nossos corpos fisicos que se asemelham a Deus, sao nossas mentes. Nos somos criadores mas ainda assim ficamos ingenuamente fazendo o papel de criaturas" -


Katherine

O simbolo perdido

sábado, 5 de novembro de 2011

Homossexualidade e outros pecados...

CRISTÃOS FUNDAMENTALISTAS são os que acreditam que as sagradas escrituras foram ditadas diretamente por Deus e que, por isso, tudo o que nelas está escrito é sagrado, verdadeiro e deve ser obrigatoriamente obedecido para sempre. A verdade divina está fora do tempo. Aquilo que Deus comandava há 3.000 anos é válido para hoje e para todos os tempos futuros.
Digo isso a propósito de uma carta dirigida a Laura Schlessinger, conhecida locutora de rádio nos Estados Unidos que tem um desses programas interativos que dá respostas e conselhos aos ouvintes que a chamam ao telefone.

Recentemente, perguntada sobre a homossexualidade, a locutora disse que se trata de uma abominação, pois assim a Bíblia o afirma no livro de Levítico 18:22. Um ouvinte escreveu-lhe então uma carta que vou transcrever:
"Querida doutora Laura, muito obrigado por se esforçar tanto pra educar as pessoas segundo a lei de Deus. (...) Mas, de qualquer forma, necessito de alguns conselhos adicionais de sua parte a respeito de outras leis bíblicas e sobre a forma de cumpri-las: gostaria de vender minha filha como serva, tal como o indica o livro de Êxodo 21:7. Nos tempos em que vivemos, na sua opinião, qual seria o preço adequado?

O livro de Levítico 25:44 estabelece que posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, desde que não sejam adquiridos de países vizinhos. Um amigo meu afirma que isso só se aplica aos mexicanos, mas não aos canadenses. Será que a senhora poderia esclarecer esse ponto? Por que não posso possuir canadenses?
Sei que não estou autorizado a ter qualquer contato com mulher alguma no seu período de impureza menstrual (Levítico 18:19, 20:18 etc.).O problema que se me coloca é o seguinte: como posso saber se as mulheres estão menstruadas ou não? Tenho tentado perguntar-lhes, mas muitas mulheres são tímidas e outras se sentem ofendidas.

Tenho um vizinho que insiste em trabalhar no sábado. O livro de Êxodo 35:2 claramente estabelece que quem trabalha aos sábados deve receber a pena de morte. Isso quer dizer que eu, pessoalmente, sou obrigado a matá-lo? Será que a senhora poderia, de alguma maneira, aliviar-me dessa obrigação aborrecida?

No livro de Levítico 21:18-21 está estabelecido que uma pessoa não pode se aproximar do altar de Deus se tiver algum defeito na vista. Preciso confessar que eu preciso de óculos para ver. Minha acuidade visual tem de ser 100% para que eu me aproxime do altar de Deus?

Eu sei, graças a Levítico 11:6-8, que quem tocar a pele de um porco morto fica impuro. Acontece que adoro jogar futebol americano, cujas bolas são feitas de pele de porco. Será que me será permitido continuar a jogar futebol americano se usar luvas?

Meu tio tem um sítio. Deixa de cumprir o que diz Levítico 19:19, pois que planta dois tipos diferentes de semente ao mesmo campo, e também deixa de cumprir a sua mulher, que usa roupas de dois tecidos diferentes -a saber, algodão e poliéster. Será que é necessário levar a cabo o complicado procedimento de reunir todas as pessoas da vila para apedrejá-la? Não poderíamos queimá-la numa reunião privada?

Sei que a senhora estudou esses assuntos com grande profundidade de forma que confio plenamente na sua ajuda. Obrigado de novo por recordar-nos que a palavra de Deus é eterna e imutável".



RUBEM ALVES

Folha de SP - 30 de setembro de 2008

sábado, 10 de setembro de 2011

sem name

hey pessoas, quanto tempo não escrevo aqui ... mas enfim, o que vou escrever aqui, não que tenha que ser dito, mas é meio que uma conversa, comigo mesma...
ultimamente meus dias tem sido corridos, quanto mais estudo mais tem coisas a serem estudas. mas é isso, galera.
Coração está ficando para segundo plano ...
E nos últimos meses, tem conhecido amigos, melhor e melhor, e com quem eu tinha uma relação de amizade, um tanto quanto confusa e distante, mas ao mesmo tempo próximo, hoje está da mesma forma ...
Mesmo só podendo chamar de amigo (na vida real [entendam carnal]) UMA PESSOA. Eu sinto muito feliz por poder contar com ele, e vai ser sempre assim ... #amém
Até mais

terça-feira, 6 de setembro de 2011

ás vezes um clichê

"Não quero que você carregue. Nenhum peso pelo medo de gostar ás vezes de um clichê"

Maglore


http://www.youtube.com/watch?v=U56oI0vOCrY

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

the priest

"Eu a mantive todos estes anos
Para me lembrar como enfrentávamos o jeito que era.
Com honra, capacidade de fé.
Dias como esse quero que se lembre que nosso poder não vem da igreja.
Vem de deus.
...
Eu orei por sua salvação. E então, orei pela minha.
Porque na escuridão do meu coração queria que, meus sentimentos por você durassem para sempre.
A força está comigo. É de você que retiro a minha força.
Não tenho medo porque você está comigo."

Do filme "The Priest (O Padre)"

segunda-feira, 11 de julho de 2011

me

"Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!"
(Caio Fernando Abreu)


CAAAAAAAAAAAAAAAARAN, estou indo atrás do que é meu, indo atrás do que me pertence, tenho começado a tê-las.

sábado, 9 de julho de 2011

Carro e Grana

Leoni

Composição: Leoni/Beni Borja

Houve um tempo em que tudo girava ao meu redor
Dos meus desejos e vontades
E todo mundo ria de tudo que eu dizia
E eu dizia um monte de bobagens
Eu achava que tinha de tudo para sempre
Que eu tinha amigos de verdade
Mas a verdade sempre vem bater à porta
A gente tenha ou não vontade

Já tive carro e grana
E um monte de convites pra qualquer lugar
Hoje eu só ando a pé
Mas eu continuo a andar

E aquelas pessoas que andavam ao meu redor
Hoje escolheram uma menina
Que por enquanto acredita em tudo que eles dizem
É a mesma história toda vida
O que eu sei eu sei que ela só vai descobrir
Quando ela sair de moda
Um tropeço ensina mais do o sucesso
É tudo bem mais claro agora

"Tenho amigos muito bonitos, ninguém desconfia, mas sou uma pessoa muito rica." - CFA

adeus

Porto Alegre

Fresno

Composição: Lucas Silveira / Rodrigo Tavares

Faz frio em Porto Alegre toda noite
E de longe eu não posso te ver
Então me perco em pensamentos de um passado
Que há muito tempo eu quero esquecer
Eu só quero falar que ao teu lado
Eu tava errado, eu nunca consegui viver
Mas só eu sei de você

Só não queria dizer adeus
(É que eu tinha tanto pra contar)
Eu não queria dizer...

Eu volto há tanto tempo e cada vez
Parece que o meu tempo não passou
Eu não encontro nada que me dê motivo
Outra vez pra procurar o que sobrou
Eu vivo condenado e sem saída
De um passado que parece não ter fim
Você não sabe de mim

Só não queria dizer adeus
(É que eu tinha tanto pra cantar)
Eu não queria perder o que sempre foi meu
Pois não há alguém que possa te amar
Pois não há alguém que possa nos salvar

Eu não queria dizer adeus
(É que eu tinha tanto pra contar)
Só não queria perder o que sempre foi meu
É que eu tinha tanto pra cantar
Eu não queria dizer adeus

UFES




Estou chegando.

Si. Si. Si e sim, Matemática na cabeça.

sábado, 2 de julho de 2011

nao se ligou

um ponto de vez.
um jogo por vez.
90 minutos em campo
Sairás vaiado ou idolatrado
ou ataca ou defende.
Em meio de campo quem fica é
a linha divisória.
Cada um do seu lado.
Defendendo seu time.
Pronto, começou a discórdia.
Jogo de preto.
E você não gosta da minha camisa.
Tô de cabelo cortado, você não se amarrou.
Minha unha, não e está feita e você já reclamou.
Meu coração tá em pedaços e você nem desconfiou.




01-07-2011

Jussanã Gomes

sábado, 11 de junho de 2011

Quando o Carnaval Chegar


Quem me vê sempre parado,
Distante garante que eu não sei sambar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu tô só vendo, sabendo,
Sentindo, escutando e não posso falar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu vejo as pernas de louça
Da moça que passa e não posso pegar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Há quanto tempo desejo seu beijo
Molhado de maracujá...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

E quem me ofende, humilhando, pisando,
Pensando que eu vou aturar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

E quem me vê apanhando da vida,
Duvida que eu vá revidar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu vejo a barra do dia surgindo,
Pedindo pra gente cantar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Eu tenho tanta alegria, adiada,
Abafada, quem dera gritar...
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar

Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar...



Chico Buarque

sexta-feira, 10 de junho de 2011

- E o que você faz com as cartas que escreve?
- Guardo. A sete chaves. Um dia talvez possa
entregá-las pessoalmente.

(...)

- E… o que você diz nessas cartas? (...)
– Eu digo que estou disposto a qualquer coisa,
eu digo assim: "Chegue bem perto de mim. Me olhe,
me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada,
mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso
se perder, virar poeira, virar nada. Daqui há pouco você
vai crescer e achar tudo isso ridículo. Antes que tudo se
perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue
mais perto"
- ... É tão complicado. Saio na rua e fico olhando todos os
meninos de vinte anos, como se cada um pudesse ser ele.

quinta-feira, 26 de maio de 2011




"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar,
tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era
dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como
eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "

Caio F Abreu

sábado, 14 de maio de 2011

assim, sim

Você me completa. Não transborda. Não falta. Não sobra. Sua presença preenche cada espaço que por alguma razão viesse faltar. Sua ausência é um paradoxo, um poço e um deserto, tem água. De noite é frio e sozinha estou. Dá sede. Dá desejo. Dá vontade. Dá saudade. É profundo porém tem água límpida, mata minha sede.

Causa tremedeira (excesso de energia?) , nada é excesso se for com você. É o excstasy que eu quero puro. A água que quero destilada. É o subconsciente sem função, você perto tudo pára. Tudo cessa. Tudo é você.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

"O que importa é que você entra por um ouvido meu e sai pelo outro, sabia? Você não fica. você não marca." CAIO FERNANDO ABREU


__________________________


Essa frase do CFA, resume bem os meus ultimos dias, o que se tem passado comigo, então é o que tem para hoje, e espero ter melhor para daqui a pouco.

domingo, 1 de maio de 2011

Um monólogo

Cara, senta.
Deixa tuas neuras de lado.
Você acha mesmo que vai levar algo dessa vida (e existe outra?) ? Você acha mesmo que as coisas, que tu vai deixar serão mais importantes que as coisas que-você-não-vai-levar ? Cara, tua reputação, acorda... essa sua bunda mole, e essa cara de bom moço, já te jogaram para baixo dos sete palmos há tempo.

Pára, cara, tua barba bem feita teu terno bem engomado, te dão nojo. Ao vê-los no espelho você setne vontade todo dia de estar num lugar com um emprego mais ou menos, bebendo ou fumando .... Mas não, cara, tu não quis esse salário mais ou menos, pois sua reputação falou mais alto.
Cara, tu fuma por que é sociável?
Tu é sociável demais, cara. A tua cara de bom moço, é o teu tumulo. Deixa isso de lado, tu está infeliz pra caralho. Mas não abandonou, porque é tua reputação.
Escuta, cara, tu não vai deixar e levar nada, dessa porcaria de vida, tu bem vestido, quer ser sempre um “homem digno” morto, um homem digno para os outros (és digno para si-próprio?) ?
Que isso, a vida acaba, não acabe com as oportunidades antes do fim. Você vai mesmo querer que falem bem de ti, depois que tu nem vai estar vivo?
Pega tua vida, segue teu rumo, vai no teu caminho. Não importe-se com quem só quer ter ver infeliz, seja feliz.


Por: JussanãGomes

sábado, 2 de abril de 2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Nossas sombras ainda são amigos



- Lisbeth, pode me dar uma definição da palavra "amizade"?
- Gostar muito de alguém.
- Sim, mas o que faz gostar muito de alguém?
Ela encolhei os ombros.
- Minha definição da amizade se baseia em duas coisas -ele disse.- O respeito e a confiança. Esses dois fatores precisam necessariamente estar presentes. E deve ser recíproco. Pode-se ter respeito por alguém, mas, se não houver confiança, a amizade vira pó.

Stieg Larsson
Os homens que não amavam as mulheres.
página 454

tradução da foto da: "Nossas sombras ainda são amigos"

segunda-feira, 28 de março de 2011

quando eu tô legal



Você me quer bem
Quando eu tô legal
Te incomoda por quê?
Me faz bem
Pra jogar na cara
O que acabou de fazer
Me deprime, me derruba
E depois reza por mim
E o meu crime, apagar as velas antes do fim

(...)

Na sua ironia burra, dou cabo
Meu bem, nem tô passando pires, nem babo
Desfila sua vida cor de rosa no rabo do diabo ...


Jay Vaquer

sexta-feira, 25 de março de 2011

Pois é, Zé

Desisti da postagem que havia feito, estava 'moral' demais ...

- Pois então, Zé, pruquê se acha que as coisas mudaram tanto?
- Tu tá falando de quê homí?
- Dessa gente ... Elas querem tudo, tudo dessa coisa material. É assim que se fala, Zé?
- É sim, homí, esse negócio material, vem consumindo as pessoas. ... Essa vontade de ter ... E ter ...
- E quanto mais se tem, parece que mais quer ter.
- Pois é, Zé.
- Eu sou homí, honesto, cometi muitos erros na minha vida, queria consertar essas coisas, mas agora ... Não tenho tempo, de ir lá fazer diferente, e nem de ficar arrependido.
- O tempo passa tão rápido, Zé. ...
- As pessoas querem tudo, e acabam seu tempo querendo ter melhor que o outro.
- Ainda nesse assunto, Zé!?
- É que até hoje, eu, nessa idade, não entendo essa gente. Querendo ter um treco que fala com a pessoa lá dos 'Statis' melhor que a do outro... Tudo não vai falar do mesmo jeito?
- Vai sim, Zé. ... Mas para quê essa conversa, aí sem sentido?
- É para desabafar, homí, é para desabafar ...


Desculpem-me por esse diálogo um tanto quanto sem pé-nem-cabeça, é apenas para desabafar...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Tem limite

Suportando as pessoas até um limite, não limite que eu propus, mas um limite que elas forçaram a ter. Tem momentos que não quero olhar para a cara de ninguém. Qualquer palavra me faz mal, e eu não estou a fim de realmente agradar as pessoas, elas ultrapassam meus limites e simplesmente acham isso normal. Me fazem mal e não entendem que eu tenho um tempo de cura, e não um tempo que o ódio fica reinando em mim, mas um tempo que preciso para melhorar, ou ao menos tentar compreender porque elas agiram assim, e têm muitas vezes que nem tento mais. Eu queria ter alguém para chamar de meu...


sábado, 5 de março de 2011

EXTREMOS DA PAIXÃO

"Não, meu bem, não adianta bancar o distante
lá vem o amor nos dilacerar de novo..."

Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a) mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo (a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo (a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER.

Pensando nisso, pensei um pouco depois em Boy George: meu-amor-me-abandonou-e-sem-ele-eu-nao-vivo-então-quero-morrer-drogado. Lembrei de John Hincley Jr., apaixonado por Jodie Foster, e que escreveu a ela, em 1981: "Se você não me amar, eu matarei o presidente". E deu um tiro em Ronald Regan. A frase de Hincley é a mais significativa frase de amor do século XX. A atitude de Boy George - se não houver algo de publicitário nisso - é a mais linda atitude de amor do século XX. Penso em Werther, de Goethe. E acho lindo.

No século XX não se ama. Ninguém quer ninguém. Amar é out, é babaca, é careta. Embora persistam essas estranhas fronteiras entre paixão e loucura, entre paixão e suicídio. Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira:compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe,berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo entre esses dois portos gelados da solidão é mera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o terno do perecível, loucos.

Depois, pensei também em Adèle Hugo, filha de Victor Hugo. A Adèle H. de François Truffaut, vivida por Isabelle Adjani. Adèle apaixonou-se por um homem. Ele não a queria. Ela o seguiu aos Estados Unidos, ao Caribe, escrevendo cartas jamais respondidas, rastejando por amor. Enlouqueceu mendigando a atenção dele. Certo dia, em Barbados, esbarraram na rua. Ele a olhou. Ela, louca de amor por ele, não o reconheceu. Ele havia deixado de ser ele: transformara-se em símbolos em face nem corpo da paixão e da loucura dela. Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais, objetivamente. Existia somente dentro dela. Adèle morreu no hospício, escrevendo cartas (a ele: "É para você, para você que eu escrevo" - dizia Ana C.) numa língua que, até hoje, ninguém conseguiu decifrar.

Andei pensando em Adèle H., em Boy George e em John Hincley Jr. Andei pensando nesses extremos da paixão, quando te amo tanto e tão além do meu ego que - se você não me ama: eu enlouqueço, eu me suicido com heroína ou eu mato o presidente. Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.

Ai que dor: que dor sentida e portuguesa de Fernando Pessoa - muito mais sábio -, que nunca caiu nessas ciladas. Pois como já dizia Drummond, "o amor car(o,a,) colega esse não consola nunca de núncaras". E apesar de tudo eu penso sim, eu digo sim, eu quero Sins.


Caio Fernando Abreu
em Pequenas Epifanias

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quatro Estações - Ana Laura Nahas



Quatro Estações

A teoria da analista inglesa que H numa revista estes dias faz sentido. Mary Esther Harding (1888-1971, psicóloga, quarta entre os seis filhos de um cirurgião dentista do condado de Shropshire) divide a existência humana em quatro, segundo as estações do ano.
Segundo ela, até os 21 anos estaríamos naprimavera, época de semeaduras e construções, nascimentos e desabrochares. Dos 21 aos 42 experimentaríamos dias e respectivas noites de verão, eles mais longos que elas, movimento e igualmente construções, só que outras.

Dos 42 aos 63 seríamos como o outono das grandes colheitas, celebrá-las e acertar os ponteiros deixados pela temporada anterior. Daí em diante, haveríamos de aturar o inverno, ar frio, céu cinza, e os bichos hibernam, agente mete o corpo por baixo das cobertas, a noite anoitece mais cedo e às vezes cai neve.

Se entendi direito, viveríamos como flores nos primeiros tempos, infância, adolescência e chegada à maioridade feito girassóis, rosas, margaridas, tulipas, as orquídeas que serviam para dar força e virilidade aos astecas e curavam tosses e doenças pulmonares dos chineses, e as violetas que os homeopatas usam desde 1829 para combater sinusites e reumatismos.

(Às vezes tarde demais -mas antes tarde do que mais tarde - descobriríamos que faz bem ser um pouco heliotrópico, comportamento que, segundo abiologia, têm os vegetais que por motivos diversos voltam o tronco e membros para o sol).

Aos 20 e poucos e pela década seguinte moraríamos em um mundo quente como a noite da última quinta (um pouco menos abafado até que não faria mal), horário diferente, figurino leve, caipirinha de tangerina (delícia), a profusão de vermelhos e amarelos é cinzas e verdes do entardecer, compreensões e capacida-des de perdoar e relativizar mais aguçadas que nunca, um cheiro diferente, e a ideia de que, entre dezem-bro e as águas de março, a vida pesa menos.
(Ufa).

Aos 42 e pelos próximos 21 aniversários colheríamos o resultado das semeaduras de antes, luz solar incidindo sobre o Equador na perpendicular, ambos os hemisférios igualmente iluminados dias e noites com duração semelhante, temperaturas mais amenas, menor umidade do ar, redução de chuvas, temporada de mudar, colher e ver as folhas que caem, mais ou me¬nos amarelas, na calçada, nas ruas e na varanda.

Como os animais, armaze-naríamos o que fossepreciso durante o outono, de comida à aposentadoria, de paciên-cia à sabedoria, de informações aos afetos maís serenos, da" casa arrumada com mesa, estantes, armários e plantas aos descendentes e os descendentes deles, dos sonhos tornados reais às lembranças. E então... possivelmente... então abriríamos as portas para o rigoroso inverno dos finais, até que não houvesse mais nada.

Crônica publicada no Jornal A GAZETA (ES) 26/02/2011
Escrita por Ana Laura Nahas



quinta-feira, 3 de março de 2011

Blogs o qual indico

Cuxilando
Cem por cento implicante
Mas sempre são rosas
Aperitivo

Desculpem, mas não tenho mais blogs que eu queira indicar.

Meu primeiro SELO




Ontem eu soube via twitter, depois de chegar de viagem que ganhei um selo, de um blog de uma pessoa muito amada. (:
O blog da Celinha, que carinhosamente chamo-a de MAMÃE, foi quem deu o selinho blog Mas sempre são rosas .
E existe algumas regras para poder recebê-lo . Então vamos a elas.

Regras: Pegue o selinho, responda a pergunta (O que é mágico para você?), repasse para 10 blogs, indique de onde ganhou o selinho e ilustre com uma imagem. O que é mágico para mim?

O que é mágico para mim?

Onde está a mágia das "coisas", que nos fazem fugir para determinados locais e isolar-nos?
Onde está o mágico que encanta(va) os olhos com as magias que realmente eram coisas de outro mundo?
Onde está a magia do circo que há tanto tempo não vou?
Aonde foi parar todo amor, das pessoas? Que não seja amor, mas respeito a vida?
O que é mágico para mim, é o que está em mim, o que está em meu interior, é o que eu consigo fazer por mim, e pelo próximo a qual eu gosto, e sentir-me bem.
O mágico para mim, é a simplicidade de estar feliz, sem precisar deixar ninguém infeliz, a magia para mim não está em vencer só para provar ao outro que eu sou capaz de fazer algo e ele NÃO. O mágico para mim está em ser feliz, nas coisas simples, no sorriso dos meus primos, que mesmo sendo elétricos, eu fico feliz, feliz demais, em vê-los.
O mágico para mim, está em PERDOAR. Não perdoar o próximo com a BOCA, e sim o coração. E se não conseguir perdoar, desejar o bem, querer o bem.






Desculpem, pela minha falta de criatividade, pois a minha mamãe, postou uma foto dos meu irmãozinhos, e eu, olho crianças, lembro das minhas. *-*

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Chegar ao principal


Ei leitores. Espero que esteja tudo bom com vocês.
Penso que é de conhecimento de todos – ou de ao menos, de quem acompanha as postagens do meu blog – que eu gosto muito do autor Caio Fernando Abreu.
Vim falar um pouquinho sobre a obra do Caio F. no século XXI.
Mas ele não morreu em 1996? Correto gente, a obra de uma pessoa não morre, quando o corpo morre, a obra é eterna.
Nos últimos anos, inegavelmente o twitter modificou o dia-a-dia das pessoas. E na literatura não foi diferente. Há alguns dias estava olhando vários tumblr's, vendo se encontrava algum especificamente do Caio, até que encontrei fui olhando as postagens antigas, e gostei bastante do que esta pessoa que faz postagens neste tumblr disse, em uma de suas atualizações, ela levantou um aspecto importantíssimo.
"Contudo, eu tenho a impressão de que ultimamente, a obra dele vem sendo reduzida a frases de efeito, entendem? E sim, parece que você consegue encontrar uma frase de efeito vinda dele sobre qualquer assunto, e isso é muito legal, em uma frase, ver que um cara, mesmo tendo vivido em uma época diferente, sendo de outra geração e já estando morto, podia traduzir tão bem coisas que se passam com tantos de nós." este fragmento encontra-se presente na postagem feita no tumblr caiofernandoabreu , leia completa clicando aqui
Existem hoje milhares de perfis que citam frases de diversos e inúmeros autores, filmes, livros, histórias, compositores e enfins, em muitos casos estes perfis tem muitos seguidores, mas muito mesmo. E muito desses seguidores conhecem apenas estes fragmentos de suas obras.

Concordo plenamente com o que esta pessoa disse, e em especifico falando do Caio F. existem muitos perfis no twitter/tumblr recitando fragmentos de sua obra. Eu inclusive sigo muitos desses perfis (no twitter). O caso é galera, que muita gente conhece apenas fragmentos/frases da obra, não que isso seja ruim, mas pode ser melhor,
o Brasil é um dos países do mundo que menos lê. Não quero dizer que vamos devorar livros, vamos comprar livros, vamos ter uma instante repleta de livros, nada disso, pois acredito que este desejo assim como todos os desejos, tem que ser despertados de dentro-para-fora e não ao contrário.
os livros que não tenho condições financeiras de comprar, eu baixo, se os mesmos estiverem disponíveis na internet
Pode ser que em vários casos ocorra isto, conhece-se apenas pequenos-pedaços-da-história. ...
Que estes pequenos pedaços da história seja o caminho para conhecermos a obra deste autor – ou qualquer outro de sua preferência- é importante, todo começo é importante.

Que não fiquemos apenas no 1º primeiro prato que nos é servido, vamos ao prato principal, que é o livro.

Um abraço.

Encerro com uma frase do Caio.

É preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo. Caio Fernando Abreu


Táqueopariu



Pinheiros - ES ; 02:18 PM 19-02-2011

Meus caros ou eu escrevia isto ou não dormia.

Considerações pré-postagem
Só para falar da tua importância em minha vida.
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Passei exatos 12 anos da minha vida procurando - não é exatamente o termo correto, porém o único que consigo encontrar no meu dicionário mental - uma pessoa para chamar de AMIGO (A) . Deus como eu desejei por uma amizade verdadeira. Aquelas que a gente conhece na escola e dura uma vida como eu quis isto.
Enfim chega março de 2010. Começo o pré-vest e Deus atende meu pedido, iniciava-se uma amizade.
Fernanda Negris, tem uma frase que diz o seguinte:
" Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. (Caio Fernando Abreu)"
creio que amizade também seja assim, afinal AMIZADE é uma forma de AMOR.

ESTÁ É PARA VOCÊ.

Você chegou na minha vida assim de uma maneira um tanto peculiar: sala de aula, apresentações fomais e talz. E devo confessar que quando fomos apresentadas não achei nada, nem que iria um dia conversar com você depois daquela cordialidade.
Mas manolo, Dels ele me atendeu, Jah me escutou, e me "presenteou" ... você como "amiga" "irmã" e talz. Que presente JAH. Caprichastes. HAHAHA.
Manola, você lembra o que pensastes de mim, alguns dias antes de sermos apresentadas?!?
Essa daí deva ser uma patricinha de São Mateus, olha o AllStar dela .. HAHAHA
Não vim daqui falar de DETALHES mas para dizer o quão feliz sou por tê-la como amiga. Não somos uma espécie de BFF ... Ou chegamos a jurar amizade eterna. Não, não fizemos isso.
Fê, nessa sua nova fase da vida que inicia agora, vai ser PANCADA, te desejo toda fé do mundo, e mesmo sendo clichê "você é a pessoa que mereceu, esforçou-se para isto e sua aprovação na UFES é apenas o começo do seu caminho de vitórias"
Tínhamos tudo para NÃO sermos amigas, gostamos de algumas coisas em comum, mas nem tudo ... Você despertou meu lado ROCK ROLL. JEZUZ.
Tudo de bom sempre guria, não abale-se com pequenas coisas, não encante-se com as "grandes" podem ser falsas, e estarem blefando; Sua fé vai te guiar.

Quem te liga dizendo "TÁQUEOPARIU, VAITOMANOCU" Você não me conhece???????!!?? ELA.
Você fez meu 2010 muito mais feliz, escutou minhas lamuriações.
Meu deu a 1º ice da minha vida, a 1ª Heineken e concluiu: - "VOCÊ NÃO NASCEU PARA BEBER, DESISTE!"
Fica me zuando só porque eu tenho um LEVE problema de LERDEZA.
Por isso e muito mais, obrigada por ser MINHAAMIGA E taqueopariu, sem você eu acho que não vivo mais, vaitomanocu em nome de JahGaJahNana TEAMOPORRA!
Srta. Agrônoma Ufes 2011. (L)


Considerações pós-postagem
Esta postagem foi escrita ao som de Engenheiros do Hawaii ( a banda que ela mais odeia) e digitada ao som de Angra ( a banda que ela mais ama), só para mostrar meu amor você.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Title in white

Olá pessoas. Quanto tempo não escrevo nada mesmo - por vontade, coragem, ou desejo- não venho escrevendo absolutamente nada. Vou tentar escrever algo que tenha coerência e não seja totalmente chato - mas tentarei, isso não significa que conseguirei- . Vamos lá.
2011 está sendo assim, tenho pedido paz, evitado momentos e situações ruins - não quero atrair este tipo de energia, o ano de 2010 foi tão pesado- . Tenho metas, aprender novas coisas, ler mais (essa é uma das primeiras na lista) , vou ter tempo para estudar mais. Fiz mudanças em relação ao estudo, e creio que estou no caminho certo, espero. Desisti de algumas coisas muito antes de começar. Sabe quando você sonha a vida inteira com algo e quando está inserido naquele meio, vê que não é aquilo que serve para você. E desisti. Não por falta de coragem, de vontade ou ambição. Mas porque não estava legal, não é o que realmente queria, e o destino vai encaminhar novos caminhos, em algum deles eu estarei.
Tenho lido bastante -e pasmem- quando fico sem algum livro fico aflita para ler algo. É bom saber desse meu outro lado. O de gostar de ler.
Perdi a fé em algumas teorias, pessoas, desejos e realidades.
Então é isto, um tanto confuso, um pouco concreto.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO

'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'

'Fingi ser gari por 1 mês e vivi como um ser invisível'

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.
Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.

Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.

Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?

Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.

Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.

Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.


*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Respeito: passe adiante!


recebi este relatório via recado (orkut).

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

deu saudade, só isso.


- Às vezes sinto falta de mim.
-Eu também, menina.
- Sente falta de si?
- Não, de você. E dói.
[Silêncio]
-Me abraça?
-Sempre.

CAIO FERNANDO LOUREIRO ABREU

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

não posso confundir seus fins, sua fossa, com amor. por mais que te ame, não posso, mesmo querendo e sabendo, não devo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

inicia amanhã

Me desejem sorte, me desejem uma coisa bem bonita. Amanhã começa uma nova fase na minha vida, estou preparada, é como o primeiro vestibular, a primeira prova de matemática. Nunca tive medo, receio, ou até nervosismo. Nem ansiedade, na escola quando tinha alguma prova dificil sempre perguntavam-me: - Está ansiosa? ; respondia: - Não. ; voltavam: - como assim não, as provas de professor X, são sempre complicadas, e você não está ansiosa? ; Eu: - não.
E essa é a mesma sensação, para o meu primeiro dia de trabalho, não estou com medo, não estou ansiosa... Nada parecido.




"me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo" Caio Fernando Abreu, in, Morangos Mofados

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

by, eu

E volta e meia pergunto-me: Poderia ter sido diferente?
Resposta não vem, nunca vem, o tempo vai passando arrastado ou como um jato, mas vai passando, deixando e levando a saudade; e sempre deixando que eu pergunte: Poderia ter sido diferente?
Poderia ter comprado o outro jornal, ter lido a mesma notícia, mas em fonte diferente, a capa talvez, não sei, algo seria diferente. As coisas repetem-se sempre, é que cismo em achar que não.

a propaganda é a alma do negocio

Hoje alguém próximo de mim, arrependeu-se por ter adquirido um produto, suponho que tenha adquirido por influencia de pessoas e mais do merchan.
Não estou falando de algo específico em alguém ou alguma sociedade; mas é que hoje todos nós (usando o plural pois tenho consciência de não ser a única) estamos submersos e sendo demasiadamente usados por um merchan falso, ridículo e totalmente pejorativo.
Quantas fotos existem por aí de uma latinha de coca-cola? Ou do próprio litro do aquele emblema?...
Aquela blusa da ECKO que tem uma estampa que cobre meio peito da camisa... - Digitem no Google IMAGENS e verão o que estou falando-
Ter uma TV por assinatura -EU TENHO VONTADE, VONTADE... VONTADE- E tantos outros exemplos...
Poucas vezes -para não dizer nenhuma vez- vi em algum orkut por aí uma foto de um refrigerante local (cidade/estado).
Mas não satisfeitos, compramos o produto muitas vezes por futilidade, mas compramos.
Usar uma blusa sem ser de marca vai te deixar MAIS PELADO?!? Deva ...
E aquela propaganda ridícula de cerveja? Com mulheres semi-nuas, sendo comparadas com as bebidas - Nada contra as mulheres, mas ao profissional que teve a brilhante ideia de produzir o comercial não posso dizer que acho ele um magnânimo e que não tenho nada contra-
Estamos num mundo totalmente capitalista, que expõe a imagem de pessoas em troca de dinheiro. Não tenho nada contra o sistema economico atual. Mas que sejamos menos visuais, menos financiadores dessas propagandas futis.
Ou você acha que o refrigerante aqui do ES (uaí ou coroa) é pior que a coca-cola? Nada disso, é que consumimos propaganda, raras vezes o produto.

Se leu até o fim, achou legal? ruim? péssimo? bacana? Deixe um comentário.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Auroras Orientais #NanieWorld


Participe da promoção do livro Auroras Orientais que osite da Nanie's World está fazendo
Fique atento as regras e concorra ao livro

Válida até o dia 25/1/2011

Está valendo, galera (:

sábado, 15 de janeiro de 2011

dualismo, é o amor

O amor é a coisa mais alegre.
O amor é a coisa mais triste.
O amor é a coisa que eu mais quero.
Aquilo que a memória amou fica eterno
Adélia Prado

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não.
É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de
alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico
imediatamente cheio de espinhos — e corto relacionamentos com a maior frieza, às
vezes firo, sou agressivo e tal.

Sinto uma falta absurda de você.

Ficou um vazio que ninguém (pre)enche. E penso e repenso e trepenso em você por aí. Deve ser tão árido. Horizontes infinitos? Mas fique tão tranqüilo — e humilde, e confiante — quanto possível. É só uma fase, só um estágio. [...] - E lembro daquela história zen, o rei que pediu ao monge um talismã que o protegesse de qualquer mal. O monge deu ao rei um anel, com a recomendação de abri-lo só em caso de extremo perigo. Um dia, o castelo foi cercado pelos inimigos, e o rei encurralado numa torre. Ele abriu o anel. Dentro, havia um papelzinho dobrado. Ele abriu o papeizinho e leu uma frase assim: “Isto também passará”. [...] Saiu o abismal, Agua sobre Água: a imagem de um abismo. Como no fundo do abismo, a água escorre, você deve escorrer sem parar, para a frente.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"tudo se encadeia basta virar lentamente as páginas" Agnès Humbert

"Penso em todos os momentos felizes da minha vida. As horas felizes, sim. As outras precisam ser esquecidas, sobretudo aqui. É preciso esquecê-las sob pena de ganhar rugas. As rugas do rosto são feias; as do coração mais"

Agnès Humbert

carrego a verdade aqui

Eu não sei toda veradade, e duvido muito, que você saiba.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Se ganha pelo grito. Atente-se bem para este fato.

sábado, 1 de janeiro de 2011

2011

É triste, porque chega ao fim mais um ciclo que não se repetirá — mas é bom porque todos estão tão machucados, tao...



E tô achando bom, tô repetindo que bom, Deus, que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém, que bom que sou forte, que bom que suporto, que bom que sou criativo e até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele ''Eu Amo Você'' no espelho. É pra mim mesmo.
não é necessário prolongar o que dá inicio a dor, não é. E ... Sair da situação não é fugi, é apenas desviar de devaneios do passado.
E como definir o que não tem fim? Como explicar o que não acaba?